Björk considera que a economia da Islândia, o seu país natal, se está afundar em parte devido a políticas anti-ambientais.
Numa grande entrevista ao site norte-americano Pitchfork a cantora fala do seu recente envolvimento governamental e diz que é preciso alertar a sociedade para o impacto do ambiente no desenvolvimento do país.
Depois de no Verão Björk e Sigur Rós terem reunido 30 mil pessoas num concerto gratuito de sensibilização - Nátturá, a voz de "It's Oh So Quiet" decidiu ter um papel mais activo e lançar um single homónimo, com a participação do líder dos Radiohead Thom Yorke, à venda esta semana no iTunes, com todos os lucros a reverter para um movimento de mediação política e social dos interesses ecológicos.
Perante o colapso económico da Islândia nas últimas semanas, com a falência dos principais bancos e aumento de preço dos bens essenciais e desemprego, a cantora diz que a solução não pode ser construir mais fábricas - sobretudo as altamente poluentes como as indústrias de metais e alumínio - mas apostar em medidas sustentáveis.
"A Islândia perdeu 600 anos de industrialização, que apesar de terem sido um falhanço eles querem recuperar. Querem ser como a Alemanha, agora. Querem construir aquelas enormes fábricas do século XIX que aquecem o ambiente, acham que é a única solução (...) As pessoas de direita pensam que os ambientalistas são gente de camisolões de lã que quer viver numa gruta e voltar aos tempos medievais a cantar músicas hippies. Não é verdade", comenta Björk.
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