Os Muse provaram ontem à noite aquilo que já se sabia: que são uma das maiores bandas em palco do momento. Um concerto sempre em alta, com apenas "Feeling Good" a abrandar o ritmo, foi o que ofereceram a um público ávido por alta voltagem. Os temas fortes de "Black Holes and Revelations" e alguns dos momentos mais inspirados de "Origin of Symmetry e Absolution" compuseram o alinhamento.
O início fez-se em tons épicos com "Knights of Cydonia", canção que encerra o mais recente "Black Holes and Revelations" , e o público reagiu de forma apoteótica. Depois de um afirmativo "Obrigado Lisboa" do vocalista Matthew Bellamy, o concerto prossegue em alta com "Hysteria", de "Absolution" . "Map of the Problematique" marca o regresso a "Black Holes" com os seus teclados vibrantes e bateria gigante.
O trio poderoso mostra-se contente por regressar a Lisboa e explode com "Supermassive Black Hole", primeiro single e tema charneira do último álbum. De seguida, o regresso ao passado com uma versão efervescente de "New Born" e com "Feeling Good" (versão de um tema celebrizado por Nina Simone), ambos do segundo registo "Origin of Symmetry" .
Nova explosão de aplausos para receber "Starlight", que tem honras de coro no refrão. Os aplausos eclodem ainda mais alto para receber o gingão e orgástico "Time Is Running Out", um dos momentos mais bem conseguidos de "Absolution" . Os guinchos da guitarra anunciam "Plug in Baby" e a assistência reage de forma esfuziante aos gigantes balões brancos arremessados para a massa humana concentrada frente ao palco.
Para o final, a banda reservou o agridoce "Stockholm Syndrome", mais as suas guitarras em espiral, e "Take a Bow", tema que abre "Black Holes and Revelations" de forma dançável e revela toda a beleza da voz de Matthew Bellamy. Um final "vaporoso" para um concerto de uma banda que não brinca em serviço e sabe adaptar o espectáculo ao contexto em que ele se insere.
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