Björk publicou na passada Sexta-feira uma mensagem indignada no seu site oficial sobre a falta de rigor dos media.
Em causa está, escreve a cantora, o facto de nos últimos sete anos Valgeir Sigurðsson ter sido apresentado como compositor e produtor da sua discografia quando, na realidade, este apenas terá exercido essas funções num terço do seu repertório.
"Os críticos da música pop não devem ter descoberto ainda a diferença entre programar, escrever e produzir música electrónica. Visualmente parece tudo a mesma coisa - um homem ou mulher sentado à frente de um computador, parecido até com um baterista - mas são três coisas completamente diferentes e os jornalistas têm de começar a ver isso", sublinha a islandesa.
Além de recomendar aos jornalistas que passem a ler as listas de créditos dos álbuns, Björk acusa a indústria de algum "sexismo": "Depois de todos estes anos, sinto que as pessoas ainda pensam que as mulheres não conseguem escrever, editar ou produzir música electrónica", disse.
"Já tive esta experiência várias vezes, o trabalho que faço no computador é creditado a qualquer homem que esteja num raio de 10 metros durante o trabalho (...). As pessoas parecem aceitar que uma mulher cante ou toque instrumentos mas não que programe, faça arranjos, produza, edite ou escreva música electrónica", acrescentou.
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