A diva regressou em grande ao Pavilhão Atlântico. Beyoncé Knowles, que aos 27 anos é já uma veterana nas lides da pop/R&B, voltou esta segunda-feira a Lisboa e precisamente à mesma sala onde há dois anos fez a sua estreia em palcos lusos.
Num pavilhão completamente cheio, era fácil vislumbrar que a grande maioria do público era adolescente e do sexo feminino. Em palco, Beyoncé é sonho tornado realidade para milhares e milhares de jovens fãs e aspirantes a cantoras, muitas delas acompanhadas das mães ou dos pais, outras tantas dos namorados.
Depois de uma espera de uma hora, que ficou por explicar, as luzes apagaram-se finalmente. Beyoncé surgiu envolta em neblina, em contraluz - imagem perfeita para ser captada pelas lentes dos fotógrafos. A diva estava de volta, no primeiro dos muitos vestidos brilhantes que usou e que lhe acentuaram a silhueta e as longas pernas. Os primeiros versos que se ouviram foram de «Déjà Vu», mas foi «Crazy In Love» que deu oficialmente início ao concerto.
Beyoncé trouxe consigo uma das melhores produções que já passaram pelo nosso país - ecrãs gigantes que exibiam imagens ao vivo e vídeos dos vários interlúdios, jogo de luzes irrepreensível e banda completa, e integralmente feminina, com duas baterias, dois órgãos, guitarra, baixo, saxofones e coro (The Mama's). A acompanhar a cantora nas coreografias, quatro dançarinas e quatro dançarinos. Todos assistidos por um guarda-roupa quase infinito.
Os primeiros temas da noite serviram para recordar os antecessores de «I Am... Sasha Fierce», duplo disco lançado em Novembro. «Naughty Girl», em tons avermelhados, e Freakum Dress, com direito a solo de guitarra, foram marcando o ritmo acelerado de uma noite de muita dança. Em palco, Beyoncé transpirava sensualidade a cada passo, a cada movimento.
De branco, Beyoncé partiu para dois momentos intimistas: «Smash Into You» e «Ave Maria», este último com a cantora vestida de noiva, véu incluído. As mudanças de vestidos foram uma constante ao longo da noite, tal como o piscar de olho a vários artistas que Beyoncé admira, desde Alanis Morissette a Sarah McLachlan, passando por DJ Kool, Lil Jon e até o marido Jay-Z.
As dedicatórias para o público feminino também foram várias, com «Broken-Hearted Girl» e «If I Were A Boy» a servirem de apoio ao «sister power» promovido pela norte-americana. Depois foi a vez de Beyoncé libertar o seu alter ego, Sasha Fierce, uma felina por domar e que vestiu literalmente a pele de uma chita.
«Baby Boy» trouxe uma das surpresas da noite. A cantora «voou» num baloiço suspenso sobre a plateia e aterrou num palco montado a meio do pavilhão, bem junto dos fãs. Foi aí que Beyoncé levou o público em massa a cantar «Irreplaceable» do princípio ao fim, recordou alguns dos êxitos nas Destiny's Child e desafiou um fã em «Say My Name».
Até ao final, foi só somar mais pontos com «At Last» (original de Etta James), «Listen» (da banda sonora de «Dream Girls») e «Single Ladies (Put a Ring On It)», um dos mais festejados da noite.
E mesmo após «Halo», Beyoncé fez questão de cantar os parabéns a uma mão cheia de aniversariantes. Terá certamente sido o suficiente para compensar os 60 minutos de espera, pelo menos a contar pelos sorrisos que se multiplicaram pela plateia.
Alinhamento:
1. Déjà Vu (intro)
2. Crazy In Love
3. Naughty Girl
4. Freakum Dress
5. A Woman Like Me
6. Get Me Bodied
7. Smash Into You
8. Ave Maria
9. Broken-Hearted Girl
10. If I Were A Boy
11. Diva
12. Radio
13. Me, Myself and I
14. Ego
15. Hello
16. Jam de baixo/medley de The Mama's
17. Baby Boy
18. Irreplaceable
19. Check On It
20. Medley Destiny's Child (Bootylicious/Bug A Boo/Jumpin' Jumpin')
21. Upgrade U
22. Video Phone
23. Say My Name
24. At Last
25. Listen
26. Single Ladies (Put a Ring On It)
Encore
27. Halo
Sem comentários:
Enviar um comentário