"Ela diz nos artigos que quer ser parecida comigo e, se se olhar para o cabelo dela, percebe-se que está a dizer a verdade. Da primeira vez que a vi pensei: 'Meu Deus, sou eu?'", disse a ex-Ronettes e "bad girl" dos anos 60, Ronnie Spector, sobre Amy Winehouse, ao jornal inglês The Guardian.
Questionada sobre o estado do funk, a cantora americana responde que este "já não existe", mas dá entender haver qualquer coisa de especial na polémica cantora inglesa."Para mim já não há funk, o James Brown morreu, o Ray Charles também. O funk morreu. Gosto de Amy Winehouse, adoro a voz dela", confessa na entrevista curta mas intimista.
Ao longo da conversa, Ronnie Spector conta ainda que os sete anos de casamento com Phil Spector foram dos piores da sua vida: "Não falo dele porque foi uma coisa mesmo muito má. Fui enganada quando me casei; pensava que ia andar em cima dos palcos para sempre e aconteceu justamente o contrário. Ele dava-me filhos (adoptivos) como se fossem presentes de Natal. Tinha dois gémeos de cinco meses em casa e, quando ainda me estava a habituar, já havia mais um. Feliz Natal!", ironiza a cantora.
"Ele tentou afastar-me o máximo possível da minha carreira - o homem que a fez. É tudo o que posso dizer", acrescenta.
"Eu não sou ninguém, não sou melhor, só sou diferente. O meu cabelo é diferente, a forma como actuo é diferente. Olho para todos esses artistas e sinto-me diferente. O meu avô era chinês, o meu pai irlandês, a minha mãe metade índia metade negra. Tenho isso tudo em mim, para agradar a toda a gente", resume aos 65 anos.
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