sábado, 29 de novembro de 2008

Antony Hegarty contra o uso sexual de cantoras.. dando exemplo de Katy Perry ou Christina Aguilera


Antony Hegarty diz que não trocava Nova Iorque por nada deste mundo e que reagiu com surpresa à descoberta de si próprio e dos outros, enquanto vê com tristeza o abuso da imagem de algumas jovens no mundo da música.

"Em criança fui criado como católico, explicaram-me que as flores, as árvores, as pedras não têm alma e depois vamos para o céu; que tudo o que nasce morre. Fez-me sentir muito sozinho nessa primeira abordagem ao mundo".

"Foi estranho perceber mais tarde que era feito da mesma matéria que tudo à minha volta", adiantou o músico.

Sobre os últimos trabalhos, as colaborações com Björk, o EP recém-editado Another World e o novo álbum The Crying Light previsto sair em 2009, o músico disse que o material corresponde aos últimos sete anos e que quer valorizar as questões ambientais e ecológicas, preocupações centrais da sua "vida adulta".

O britânico Antony elogiou ainda Nova Iorque, a única cidade que conhece onde não existe a ideia de estrangeiro. "Vivo em Nova Iorque porque há lá pessoas de todo o mundo sem o sentido de 'eu estava aqui primeiro'". "A cultura é brutal, é uma cidade que tem muito pouco respeito pelo passado ou pelo futuro. Pode-se voltar ao sítio onde nascemos e, 30 anos depois, não se reconhece uma única loja. É a natureza da cidade, há sempre gente a sair e a chegar com sonhos novos", disse.

A terminar a conversa, à pergunta sobre que acha Antony Hegarty do estado das coisas com tabelas lideradas por artistas como Katy Perry, respondeu: "Apanha mesmo as pessoas, elas adoram-na. Não tenho uma opinião pessoal sobre isso. Pergunto-me, sinceramente, quem é que beneficiará? Há muitas jovens cantoras que parecem ser exploradas sexualmente pelos media e pelos agentes. Preocupo-me com essas raparigas. São inocentes, somos todos. Temos direito a proteger-nos, a sentirmo-nos protegidos e não explorados... Lembro-me por exemplo da Christina Aguilera, ela tinha o quê, 17 anos? Há alguma tristeza nisso".

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